Nos últimos dias acompanhamos a turbulência nas bolsas de valores de todo o mundo – inclusive na Bovespa - em virtude da crise na bolsa de Xangai, na China, que obteve queda de 8,8%. Mas como uma crise do outro lado do mundo pôde causar tanto prejuízo aqui?A China tem apresentado, nos últimos anos, o maior índice de crescimento entre as potências econômicas. E claro, sua importância na economia mundial cresce na mesma proporção. Mesmo com a desaceleração do PIB dos Estados Unidos o mercado se manteve otimista com a economia mundial, graças a expectativa de que a China pudesse compensar o desaquecimento dos EUA. Inclusive, essa mesma expectativa ajudou a manter em alta, nos últimos meses, os preços de commodities exportados pelo Brasil e outros países emergentes.
Entretanto, nos últimos dias o governo chinês sinalizou ajustes na regulamentação do mercado de capitais local, alimentando as especulações sobre correções ainda maiores na Bolsa de Xangai, como uma possível adoção de medidas para aumentar a pressão fiscal sobre os lucros obtidos com investimentos mobiliários. As perdas na China em conjunto com a redução do crescimento nos EUA (portanto, duas das maiores economias mundiais), acabaram causando a queda generalizada nas bolsas do mundo.
Segundo informações da Bovespa, essa foi a maior baixa desde 11 de setembro de 2001. A queda de 6,62% resultou em uma redução de cerca de US$ 47 bilhões em valor de mercado, para as empresas listadas na bolsa paulista.
[]s
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